Jorge Luis Borges
Sendo assim, ouso postar o meu poema. Um que integra um projeto maior, ainda embrionário, que em futuro breve (assim espero) poderei apresentar a todos.
Estranho estrangeiro
Estranho
Estrangeiro
Que um golpe ligeiro
De um destino certeiro
Roubou a alegria
Deixou a apatia
Da lembrança da pátria
Agora distante
Estranho
Estrangeiro
Lépido e arteiro que fora um dia
Agora experimenta a agonia
De ver escorrer entre os dedos
Os ideais de harmonia
A terra estranha, gelada e seca
Hostil lhe acolhe sem afagos
No peito acalenta a velha saudade
Da terra mãe e suas carícias
Estranho
Estrangeiro
Dos dias fagueiros
Sobraram breves lembranças
Saudades espaçadas
Choro, canções e pegadas
A serem guardadas
Junto com o desejo
De um dia voltar
Estranho
Estrangeiro
Vives agora
Da esperança de um dia
Viver o que agora é lembrança
Fazer o espelho lhe devolver
O já esquecido sorriso faceiro
Lillian Bento