Só se conhece o coração a partir dos olhos
O coração se alegra
Os olhos sorriem
O coração se ressente
Os olhos ressecam
O coração sente medo
Os olhos esbugalham
O coração se parte
Os olhos derramam
Meus olhos agora inundam meu rosto
As lágrimas salgadas invadem minha boca
Um pedido de socorro de um coração que arde
De um coração que dói
De um coração que está apertado
De um coração que não sabe o que fazer com o vazio
De um coração que queima
De um coração que se encontra... perdido!
segunda-feira, julho 09, 2018
domingo, abril 01, 2018
Das portas abertas
São 35 anos, alguns amores e muitas paixões.
Impulsiva, nunca achei difícil abrir portas
Quando meu coração se converte em Corisco,
difícil é mantê-las fechadas
Tamanha é a força dos ventos que me movem
que não há porta que fique fechada!
Mas depois, quando vem a calmaria
E chega a hora da marcha estradeira
Das inevitáveis despedidas
Sigo, deixando as portas abertas
Como é difícil fechar portas.
Umas mais que as outras.
Romper ciclos
Seguir sem olhar para trás
Vez ou outra quando o presente esfria
O coração amorna
É bom saber que há para onde correr
Onde estão encontros que trazem novamente
movimentos e intensidades
É bom e (tão egoísta) ter possibilidades
Um caminho, um vício
Um vício que agora,
No findar do meu quinto setênio,
Me traz incômodos
E revela importantes contradições
É difícil perceber os ventos que arrebatam meu coração
quando tantas portas estão abertas
E, apesar de não saber se as quero fechadas
Tomo uma distância para observar
Sem julgar
É desafio
Mas agora preciso desfrutar do silêncio
para potencializar a escuta
Recolher meus fragmentos
Me reconhecer inteira.
Lillian
Assinar:
Postagens (Atom)