domingo, maio 20, 2007

O gozo sonhado

Não. Apesar do título o que segue abaixo não são os versos de Fernando Pessoa. Sim, a expressão do prazer esperado e por fim (quase) alcançado. Fui tomada hoje por uma gostosa emoção repleta de frio na barriga, como há muito não sentia. Esta será uma longa semana. O sábado está reservado para um encontro com ele. O homem esperado. O artista admirado. Ele: Paulinho Moska. E como esperei por este momento. A última vez em que estive próxima ao meu artista inspirador foi há cerca de quatro anos. De lá pra cá, a paixão pela obra do poeta tomou conta de meu ser e passei a amá-lo ainda mais, de uma forma diferente, intensa e prazerosa. Ouvir os versos por ele compostos, na voz mais agradável que meus ouvidos conheceram é para mim um momento de êxtase. Tenho prazeres múltiplos ao ouvi-lo e aguardo o sábado, como uma garotinha que espera, nervosa, o primeiro beijo.
Consegui marcar uma entrevista para este blog, que é absolutamente inspirado na ação devastadora de Paulinho Moska (e também Fernando Pessoa) na minha alma. Meu ser, meu existir é permeado pela poesia do Moska e espero ser este o momento do eclipse. Momento ímpar e que jamais será esquecido.
Podem perguntar: mas para quê tanta empolgação. E se não der certo? Sei que corro este risco, mas como não esperar com tamanha felicidade um encontro tão desejado? Minha ansiedade é evidente, meus batimentos cardíacos não me deixam mentir quando penso a respeito. E, de fato, minha paixão poética não me permite usar de moderação sentimental agora.
Marina, estaremos juntas em mais este momento sublime de nossas vidas. Isto me alegra ainda mais. Quantos momentos nossos foram embalados pela melodia do Moska. Nada mais justo e maravilhoso o fato de estarmos juntas no show. Lembra: "O perdão é o que possibilita o nascimento da culpa"? O último dos nossos momentos creitos-moskéticos. (suspiros) Mal posso esperar! (Lillian Bento)


Segue uma música que agora embala meu pensamento.

Da obra do grande Moska:

Assim sem disfarçar
Eu quero te dar
E quero ganhar o que você me der
Eu quero te amar
Até não saber mais o que isso é
Eu quero querer igual a você,
Assim sem disfarçar,
E quero escrever uma canção de amor
Para nos libertar

De todos os códigos, hábitos, truques, manias que insistem em estar
No meio, no centro, no canto da gente em lugares que eu não quero andar

Eu só quero te dar
E quero ganhar o que você me der
Eu quero te amar
Até não saber mais o que isso é
Eu quero querer igual a você
Assim sem disfarçar
E quero escrever uma canção de amor
Para nos libertar

De cada imagem errada que a velha palavra usada nos traz
De tudo que signifique que pra sermos um, temos que ser iguais

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