Anos mais tarde, a minha paixão pela prática jornalística me fez ouvir e ver tantas outras pessoas falarem sobre lugares e situações desconhecidas, que aprendi a gostar de ouvir histórias, perguntar e saber mais o que o outro tem a oferecer de novo. Hoje sei que esse saber ouvir é essencial para viver em sociedade também e vejo que quem carrega e alimenta um preconceito aprisiona e priva a própria mente de ver o novo. Confesso que me incomoda quando ouço pessoas criticando outras, lugares ou atitudes a partir de uma visão dominada por preconceitos.
São pessoas que se privam de provar do novo, por puro medo de mexer no que está estabelecido. Ou simplesmente ignoram o aprendizado que o outro tem a oferecer. Tenho pensado muito sobre ética da alteridade e percebido que se esta fosse uma prática comum aos seres humanos haveria menos problemas na convivencia com o diferente. A alteridade está centrada no outro, no diferente e te leva a conhecer para então respeitar esse outro. Espero um dia conseguir viver plenamente a partir da alteridade e perceber ao redor pessoas que partilhem deste mesmo modo de perceber o mundo, o novo e o diferente. Espero libertar minha mente a cada dia mais no simples exercício de ouvir, entender e aprender com o outro.
Um comentário:
Olá Lillian,
Seu texto me trás uma visão. A imagem de galinhas, sim, galinhas! Tal animal passa a maior parte do seu tempo aos siscos projetando sua visão apenas em um pequeno ângulo, olhar para seu milho de cada dia é o suficiente. O fato é que precisamos ampliar nosso campo de entendimento social, cultural e até mesmo de empatia.
A postura de criar conceitos e mais conceitos sobre diversos temas que não conhecemos faz de nós pessoas medíocres na qualidade de conhecedor.
Bacana seu olhar sobre avançar ao descobrimento sempre que possível daquilo que não conhecemos e com isso nos encher de saber e criando assim um olhar mais verdadeiro sobre as coisas que AINDA não sabemos.
Forte abraço, um ótimo ano!
Jair Gabardo.
www.paraquefiquem.blogspot.com
Postar um comentário