Jorge Luis Borges
Sendo assim, ouso postar o meu poema. Um que integra um projeto maior, ainda embrionário, que em futuro breve (assim espero) poderei apresentar a todos.
Estranho estrangeiro
Estranho
Estrangeiro
Que um golpe ligeiro
De um destino certeiro
Roubou a alegria
Deixou a apatia
Da lembrança da pátria
Agora distante
Estranho
Estrangeiro
Lépido e arteiro que fora um dia
Agora experimenta a agonia
De ver escorrer entre os dedos
Os ideais de harmonia
A terra estranha, gelada e seca
Hostil lhe acolhe sem afagos
No peito acalenta a velha saudade
Da terra mãe e suas carícias
Estranho
Estrangeiro
Dos dias fagueiros
Sobraram breves lembranças
Saudades espaçadas
Choro, canções e pegadas
A serem guardadas
Junto com o desejo
De um dia voltar
Estranho
Estrangeiro
Vives agora
Da esperança de um dia
Viver o que agora é lembrança
Fazer o espelho lhe devolver
O já esquecido sorriso faceiro
Lillian Bento
7 comentários:
é, Líllian, suponho que sei que sofrimento é esse... sofrimento e ao mesmo tempo revelação, não?
afinal, precisamos desse olhar estrangeiro para nos reconhecer. viajar para fora, viver fora, para saber o que está dentro.
viajei, será? hehehe
beijos, estou no apoio!
Lillian...acho que todos nós ja vivemos isso um pouco...verdadeiramente eu sou um Estranho Estrangeiro tbm..
bjs e parabéns...
Lilian, que coisa boa descobrir esse seu blog...me fez muito bem, era tudo que eu precisava ler hoje...
Parabéns! Sucesso!Amei e estarei sempre passando por aqui...
Bjs
Fique com Deus!
Cris Morais
Lindo, Lilli.
Somos estrangeiras em várias ocasiões. Não só de terra, mas de alma, de pensamento. Nosso lar está distante, mas é nele que sempre nos apegamos para entender (ou não) essa vida estranha! Saudades, sempre.
foda.
força.
Parabéns! Escreva sempre!
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