Do outro pobres
Fronteira ilusória
Para seres iguais
Iguais na vida
Iguais no mundo
Igualmente efêmeros
Ante o universo
Morrem todos jovens
Porém passam os dias
A cultivar vaidades
A acumular riquezas falsas
Como economistas loucos
A acumular estrelas
Na vã esperança
de um dia possuí-las
Medíocres
Passam
Tão cedo passam
As estrelas ficam
A beleza fica
Fica a memória
Do que aqui fomos
Enquanto cá estou
Prefiro olhar a beleza
que cada rosto carrega
Prefiro olhar a riqueza
que cada história consagra
A você que não pensa assim
Não quero junto de mim
Não quero olhar o mundo
com as falsas lentes
que seu dinheiro comprou
Quero olhar para o outro
Como o humano que sou
(Palavras derramadas na tela, enquanto pensava sobre a ignorância de quem se julga melhor que o outro só porque pagou para estudar. Só porque se veste com panos caros, só porque pensa que pode comprar as estrelas. A estes, piedade.)
13 comentários:
Ótimo. Recado dado aos pequenos burgueses. Mas, quem somos para mudar suas opiniões. Nem quero.
Nem é para ser um recado. É intimista, mais um desabafo poético e a manifestação de uma tristeza regada de alegria. Como contraditória espectadora da vida que sou. :*
É isso aí, Lillian. Parabéns por esse sincero *desabafo poético*... Beijos.
Neste nosso mundo frenético, em que trabalhamos feito doidos, acumulando algo que nem sabemos bem o que é, é sempre bom tirar uns segundos do dia para ler este tipo de desabafo, Lilli. Nos faz lembrar que tudo é muito efêmero e que deveríamos deixar as coisas mais leves... tão leves que, por um instante, elas ficam bem claras, quase transparentes!
Não importam aqueles que não querem ver. Eles não vão ver nunca.
É fato, Ma. Não vão ver nunca, mas isso realmente não importa. Só escolhi ficar longe de tai seres. QUero sentir essa leveza no meu viver.
Beijão
muito bom!
Excelente blogue, Lillian, cheguei por acaso mas gostei muito. Se quiser pode dar um pulinho pelo meu.
Um abraço.
Humberto.
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Thanks :)
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Entrei no seu blog por acaso. Só pelo poema que encontrei logo a abrir, fiquei fan. Vou seguir. Felicidades!
:) Valeu Jorge, fui lá conhecer seus blogs tbém! obrigada, bjos
Igualmente efêmeros e iguais por natureza, assim somos nós!
Belas palavras!Parabéns pelo blog!
lindo poema Lillian, espada fina na egoísmo humano.
Gostei imensamente
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