terça-feira, abril 07, 2009

Frida Kahlo


Tenho pensado muito sobre o feminino e várias questões relacionadas a gênero (reflexo do mestrado, talvez). O legal é que nessa fase volto a Frida Kahlo só para lembrar que há mesmo muita beleza no ser mulher! Uma imagem que diz muito...

segunda-feira, abril 06, 2009

O que será que será?

O que será que será?
O que não tem certeza, nem nunca terá...
O que não tem conserto, nem nunca terá...
O que não tem tamanho...

sexta-feira, abril 03, 2009

Um amor pra toda vida (?)

Lillian Bento

Embalada pela velha mania de observar o comportamento humano e aproveitando uma fase sex in the city da vida (única coisa q tenho visto na TV ultimamente), quero escrever hoje sobre o amor! Ah, lá vem frases melosas e linhas sentimentais!!! Não. Nada disso. Longe disso. O quero falar é sobre as primeiras impressões de uma mulher sobre o amor, tão logo ela começa a se perceber como uma mulher - o que na minha adolescência seria por volta dos 18 anos, mas a cada ano essa idade fica menor, 15 ou 13 para algumas.

Agora há pouco observava no orkut o perfil de uma amiga da minha prima, que aos 18 anos fez um álbum de fotos do seu primeiro namorado. Com o título "Demorei muito pra te encontrar...", uma alusão à música de Vinícius Canturária, que ficou conhecida na voz de Fábio Jr. Demorou muito? É realmente 18 anos é muito tempo para viver sem o tal amor ideal. Todas as fotos, obviamente, traziam comentários de outras garotas da mesma idade. Uma delas dizia: "Amiga estou tão feliz por você!". Fiquei pensando por quê? Porque ela encontrou o grande amor, um companheiro ideal, mesmo sem saber o que seria um companheiro ideal.

Qual o problema da maneira apocalíptica com que adolescentes se entregam às paixões pueris? Nenhum. O que me intriga é a educação que, vai geração vem geração, continua a ensinar a mulher que a satisfação e realização pessoal é encontrar um homem, casar e conhecer a felicidade, que mesmo se não for tão real assim precisa ser mostrada, apresentada em álbuns de orkut, em mensagens apaixonadas e em frases românticas.

Neste nascer para a vida adulta e para os amores, fica uma lacuna para as meninas que não encontram o tal homem perfeito e começam a bater cabeça em relacionamentos frustrados. Para meninas que descobrem que gostam de meninas (essas devem sofrer muito) e simplesmente para quem escolhe deixar de lado essa tal necessidade de amar subitamente e estudar, trabalhar e investir em outras prioridades.

Claro, há exceções e mesmo quem não ligue para tais imposições sociais. Mas a mim, incomoda essa ideia de realização no outro, não porque não deva ser buscada, alcançada e vivida, mas porque a necessidade de ter alguém para mostrar e apresentar à sociedade pode deturpar a visão do que seja de fato o amor. E o que é? Eu sei? Não há como definir, mas prefiro ficar com o sentido filosófico do amor, um amor que está além das aparências ou da beleza exterior.

Um amor que não precisa dar satisfação, mas sim ocupar o espaço que falta na alma de alguém. Fiquei a pensar, se apresentar a experiência de Sartre e Simone de Beauvoir aos estudantes ainda no ensino médio não seria uma saída. Um exemplo de amor não compreendido pela Igreja Católica, mas que mostrava a importância de reconhecer no outro alguém necessário e respeitar as diferenças que este outro carrega. Ou mesmo a concepção de amor de Platão, pouco compreendido no senso comum.

A maioria das pessoas acredita que o amor platônico é o amor impossível, enquanto o que Platão sugeria era que o amor verdadeiro é o que supera o transitório, supera o momento e transcende. Tal sentimento não é necessariamente direcionado a alguém no sentido sexual e pode dizer respeito a qualquer campo da vida. Se tais palavras seriam aproveitadas por alguém no início da vida adulta não sei, mas já começariam a delinear a ideia de que amar é compartilhar com alguém, é estar com alguém e não TER alguém.

Não tenho, nem de longe, a pretensão de dizer o que é o amor, até porque tal definição não existe e o amor não está pronto, precisa ser conhecido, experimentado. É um processo gradual, que talvez tenha mesmo que começar de maneira apocalíptica. Vai saber....