sábado, junho 06, 2009

Flores que colho, ou deixo...

Cada dia que passa penso que mais acertada foi a escolha do nome deste blog. Pensar sobre a vida nos leva a pensar sobre as flores que colhemos ou deixamos. É assim a trajetória, com pessoas que vem e vão, hábitos que vem e vão, lugares que vem e vão e momentos que vem e vão. Ao final de tudo temos a essência: a nossa própria vida, a nossa história escrita. Uma história cruzada com tantas outras, afinal, ninguém no mundo deixa de marcar outras histórias.

Valorizar tudo isso, faz de mim praticamente uma roteirista de novela frustrada, acredito! (rs) De qualquer maneira, vale ressaltar a beleza da vida e das histórias de vida. Por isso costumo dizer, toda vida daria um livro, do operário ao revolucionário, da dona de casa à presidente chilena Michelle Bachelet
. Toda trajetória é rica, mas não mais que uma trajetória. Assim, os próprios versos de Ricardo Reis (heterônimo do Pessoa) voltam oportunamente a este blog homônimo. Segue.


Ricardo Reis

Flores que colho, ou deixo...

Flores que colho, ou deixo,

Vosso destino é o mesmo.

Via que sigo, chegas

Não sei aonde eu chego.

Nada somos que valha,

Somo-lo mais que em vão.

sexta-feira, junho 05, 2009

DESACelerando...

Sem que a gente perceba a vida entra numa velocidade louca. Até um ponto em que fica descontrolada.... as ações tornam-se automáticas e os porquês se perdem no caminho...........
Nessa hora é preciso desacelerar...
ir parando, parando, parando...
até parar!!!

Parar e pensar se esse é mesmo o caminho
<-------- ou é preciso alterar a rota! ------------->>>>>>>

??!!!!!????!!!!

terça-feira, junho 02, 2009

vida e tempo

Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és...

Há uma genialidade a mais nesses versos do Cartola. O mundo é um moinho e o que ele provoca na gente é a perda da pureza inicial. Pulamos de cabeça nas primeiras experiências da vida. Nos amores, nas amizades, nas experiências profissionais. Tudo é novo e tudo atrai como um vagalume na escuridão. Com o tempo e com a vida já vivida passamos a desconfiar do vagalume e olhar com cautela tudo que nos chega. Está tudo carregado de passado, está tudo transbordado de "poréns". Para viver, depois de um tempo, é preciso descartar. Aceitar o que somos após passar pelos moldes da vida e descartar o que nos prende a tudo que não é mais. A tudo que já foi. Só assim seguiremos e mesmo assim, o Cartola, ainda tem razão: em pouco tempo não serás mais o que és...