segunda-feira, outubro 31, 2016

Origami

Pouso, em vão, a caneta no papel
Há seis meses as letras borradas
Há seis meses, recolhidos no escuro,
meus olhos se aquietam
pouco enxergam, muito veem

Imersos em descobertas interiores,
meus pensamentos imprecisos
desejam ganhar o papel
Em vão.

Seguem aprisionados e na escuridão
buscam entender as novas descobertas
Muito vejo, pouco digo
Estranha sensação!

Lá fora o mundo parece igual
Ouço  o tintilar dos copos
O burburinho das ruas
O acariciar dos corpos
Aqui dentro...

Bem,
As palavras seguem insuficientes
Do papel faço um origami