domingo, novembro 02, 2008

Não se morre de saudade

Os sinos dobram,
dobro a esquina adiante
O céu me espia mais azul que antes
Os mortos andam como eu nas avenidas
O sangue escorre da mesma ferida

Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis
Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés

Tudo silencia, ouço só meu coração
A rua acaba e meus sonhos vão
Piso na poça, uma moça estende a mão
Meus olhos brilham, vejo o céu no chão

Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis
Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés

Deixo o dia para trás
Sono e sonho a noite me traz
Deixo o dia para trás
E a dor...

3 comentários:

Anônimo disse...

belo, triste e intenso...

Anônimo disse...

lindo do lindo...

Lillian Bento disse...

"lindo do lindo" adorei, Ma... lindo, do lindo, do lindo! mesmo!