quinta-feira, março 24, 2011

Poema sufocado

Nunca me calara antes
Há algum tempo precisei
Agora sei que calar sufoca
apara e apaga
Ação difícil
Para alguém feita de impulsos
E do gosto por pensar
Para quem leva
Disritmia no pulso
E ritmo no caminhar
Calar agora entristece
Encoleriza e adoece
Mas calar é o fardo que agora escolhi carregar
Mais por saber
que minhas palavras atrozes
Podem derrubar, chorar, matar
Então caminho
e minha mente enlouquece
o que minha boca sufoca
Se chegar perto ouvirás
Um suave balbuciar
E ao ouvir saberás
Quem de fato agora cala.

Lillian B.

2 comentários:

Juliana Herbster De Marchi disse...

me descreves por inteira..

repassei seu poema em minha pg com os devidos creditos..

bjs..

Lillian Bento disse...

Legal. Vamos partilhar mesmo. Beijos