terça-feira, fevereiro 28, 2006

É tudo novo de novo na imprensa

Manhã de terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro. Eu na redação às 09h00 depois de ter passado a noite anterior em Pirenópolis e Corumbá na cobertura da folia no interior de Goiás. O cansaço toma conta. Dou uma olhada nos jornais do Brasil enquanto me preparo para iniciar uma ronda à procura das tragédias típicas do feriado que marca a maior festa popular do Brasil. De repente o Pedro, que esta sentado do meu lado cobrindo política (de sandália, camisa com estampa de Festival de Cinema a e boné - afinal é feriado) solta: -não consigo ver novidades no jornal, não há nada de novo! -

É verdade: nada é novo. E os versos do meu amado Paulinho Moska dizem (de novo) na minha mente: 'é tudo novo de novo". Será que a imprensa está sem idéias e prolifera um jornalismo cíclico? Ou será que a sociedade perdeu a vontade de inovar e segue por ai repetindo os atos e fatos? Nada é novo mesmo. E olha que jornalistas passam os dias à procura do novo. Onde estão as novidades. Eu vivo a luta diária da busca por notícias, da cobertura cotidiana do novo que torna-se bem parecido, quiçá igual ao velho.

Novas pesquisas, desastres naturais, tragédias e sucessos econômicos, novidades na política social, e em tantos outros campos da vida social. Então porque o jornal de hoje está tão parecido com o de ontem e do ano passado? Um jornal de Brasília ou de Goiânia tão parecido com um do Pará? É vai ver o que o 'tudo novo' é mesmo conseqüência do 'de novo'.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

JornaLillian (paixões e frustrações)

Há algum tempo, ou melhor anos, alimento um sonho... na verdade uma meta. - Não gosto de tratar como sonho para não parecer que espero a ação do destino, e sempre que o tal destino age contraria meus desejos - O que me deixa triste é perceber o quanto sou fraca e limitada diante dos fatos para transformar meus objetivos em realidade.
Hoje tive um ataque súbito, uma crise de choro ao sentir a minha impotência diante da vida e dos caminhos que ela toma sem me consultar. Constatei que sou "nada" perante os percalços e empurrões do chato do destino (porque se ele existe, com certeza me desafia).
É estranho esse sentimento me atacar agora, até porque ontem tive uma grande notícia para minha curta carreira de jornalista. Recebi uma proposta que contempla a paixão ardente que cultivo dentro do exercício do jornalismo. Ainda não posso dizer o que é, mas em breve quem me conhece (e lê jornal) poderá conferir meu contentamento expresso em algumas linhas.
No entato, o meu primeiro sonho, também profissional, parece ainda distante... mas apesar da tristeza tenho comigo um sentimento (de água mole em pedra dura) que não me deixa desistir. Outro dia conversava com a Paola (minha amiga) sobre essa tal insistência (natural) quando quero algo e comentei que algumas vezes seria melhor não ter tentado, mas como poderia saber. E diante de algo novo insisto de novo. Pode parecer uma atitude de gente teimosa (talvez seja), mas há quem entenda. A Paola por exemplo, que também afirma compartilhar o sentimento.
Por isso falo agora da minha alegria e da minha tristeza. Talvez tenha neste momento uma visão restrita: penso que a vida é uma só e que tenho que correr, correr, correr e correr para atingir minhas metas. Mas ela também cede às nossas insistências e por isso digo: vou correr até o fim atrás da minha meta.
Por hora, escrever aqui foi bom. Reafirmei minha decisão de manipular meus próprios sentimentos e pensar que tive nesses dias uma das minhas primeiras conquistas profissionais, que deve ser um dos primeiros passos para alcançar outros mundos, outros vôos... que podem, quiça, ir além da minha meta. Mas ainda hoje a frustração me faz chorar.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Sem dizer adeus (Paulinho Moska)

Eu
Chorei até ficar debaixo d’água
Submerso por você
Gritei até perder o ar
Que eu já nem tinha pra sobreviver (Eu andei...)

Eu
Andei até chegar no último lugar
Pisado por ninguém
Só pra poder provar
O que era estar depois do final do além (Eu andei...)
E cheguei exatamente onde algum dia
Você disse que partia pra nunca mais voltar
E eu já estava lá a te esperar sem dizer adeus

Eu
Fiquei sozinho até pensar
Que estar sozinho é achar que tem alguém
Já me esqueci do que não fiz
O que farei pra te esquecer também?
Se eu não sei o nome do que sinto
Não tem nome que domine o meu querer
Não vou voltar atrás
O chão sumiu a cada passo que eu dei (Eu andei...)

domingo, fevereiro 05, 2006

.dor.

Não querer entender as razões dessa dor que me ataca seria mais fácil
Mas não consigo, ela me arde justo na hora que acreditei estar livre
Tudo culpa das ilusões (das minhas burras ilusões)
Quisera eu ser meramente racional
Resolver matematicamente meus problemas
Apagar as pegadas atrás de mim
Mas meu rosto inchado e repleto de lágrimas,
parece querer o contrário

Não importa os resquícios, as cicatrizes, não importa o amor
Não esse amor idiota que as ilusões alimentam
Esse, que falso, foge deixando apenas a dor, e essa sim: fica
E insiste em me atacar.