sexta-feira, setembro 21, 2007

Introspecção

Muita gente tem me dito, desde o último mês, que estou estranha e arredia. E cada um que me fala pensa que é problema pessoal e com ele. Não é. Acho que estou mesmo (estranha). Não posso evitar minhas fases instrospectivas. Elas chegam, invadem, arrombam e se instalam (temporariamente) em mim.
É minha a mania de pensar demais sobre a vida, sua efemeridade e o que tenho feito com ela. Estranho. Sou capaz de esquecer tudo isso (momentaneamente) em festinhas e reuniões regadas a cerveja e rock'n'roll. Mas diante do meu computador, do meu travesseiro, diante do espelho, volto à minha introspecção.
Nessa fase tenho uma vontade de dormir, que não é comum, menos vontade de conversar, o que é mais estranho ainda, e uma série de comportamentos que (eu sei) superficialmente parecem não combinar comigo. Na verdade nem sei porque resolvi escrever isso, talvez para dizer aos que me disseram "você está estranha comigo" que não é bem assim. O Moska entende (hehehehe) abaixo mais uma letra perfeita para o momento. Linda!

Eu vim andando, vagando, vagabundeando
Pelas ruas da cidade
Eu vim chorando, sorrindo, não quero entender
O porque dessa dor que me invade
Certas manhãs ou à tarde
Todas as noites ela vem e me arde
Na madrugada de sol desse quarto de hotel
Nada de beleza nua,
Só a solidão tão crua
De deslizar minhas palavras tão tristes nesse papel
Subo no último andar do edifício mais alto
Sei que preciso voar, mas é difícil dar o salto
Chego até a contemplar a infinita paisagem
Mas meus pensamentos me lembram que é outra viagem
Pois olhando de cima, pensava no chão
(Talvez visitar a tal exposição...)
É... eu já disse à vocês, essa dor sempre me ataca
Pois é... dessa vez aconteceu, por acaso, em Osaka.

(Por Acaso em Osaka. Moska, 1999)

Um comentário:

birdaum disse...

bons textos.
esbarrei em seu blog por acaso, mas devo confessar que não pude deixar de ler os arquivos.

provavelmente passarei por aqui mais vezes...